Era uma vez,
em um reino distante, dois companheiros que
nutriam uma amizade verdadeiramente inabalável. A força e a beleza desse
sentimento eram conhecidas e admiradas por todos.
Até que essa
amizade um dia foi posta à prova, contrariado com as constantes críticas
de Pítias, o rei mandou chamá-lo juntamente com o seu amigo Damon.
Por defender
seus princípios, Pítias foi acusado de traição e condenado á morte, antes de
ser preso, porém, solicitou a realização de um último desejo: que lhe
permitissem despedir-se da família.
O rei
relutou, mas acabou sendo convencido por Damon, que, demonstrando total
confiança em Pítias, ofereceu-se para morrer no lugar do amigo caso ele
fugisse.
Dessa forma,
conforme o combinado, Damon foi levado à prisão e Pítias foi ao encontro
de sua família, à medida que os dias corriam, os guardas passaram a zombar
do prisioneiro, dizendo que o "tão leal amigo" o havia
abandonado.
Eis que
chegou o dia da execução. A cidade toda se perguntava como um amigo tão fiel
fora entregue à própria sorte, o rei mandou o prisioneiro ser trazido, os
guardas o posicionaram no meio da praça lotada. O silêncio imperava e quando
Damon já estava com a corda no pescoço, Pítias
gritou, no meio da multidão:
-Eu voltei! Não o matem!
Estava
esgotado, ferido, cambaleante e ainda assim encontro forças para abraçar Damon
e comemorar o fato de tê-lo encontrado com vida, apesar de seu atraso.
Emocionado,
explicou que o seu navio naufragou durante uma tempestade, e que bandidos
o haviam atacado na estrada, apesar de todos os contratempos, jamais perdera a
esperança de salvar o amigo da morte.
Ao
presenciar a cena, o rei foi vencido pela beleza daquele momento. Declarou
então revogada a sentença, era a primeira vez que presenciava evidências de tão
elevado grau de amizade, lealdade e fé. Assim, o rei concedeu-lhes a liberdade,
solicitando em troca que os dois companheiros lhe ensinassem como construir tão
sólida amizade.
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Comentários
- O que é ser amigo?
- Como construímos uma amizade verdadeira?